Minha querida
Este nosso país está mesmo muito estranho!
Quase ao mesmo tempo em que se divulga em rede multimidiática nacional o pronunciamento presidencial focando minhas “queridas brasileiras e queridos brasileiros”, pelo qual é anunciado nosso vitorioso ingresso no mundo dos conquistadores e dominadores das tecnologias de exploração em águas profundas (ah! Lobato me diga se com uma colher de pré-sal + uma pitada de açúcar oriundo de cana + um copo com água doce e potável ainda podemos produzir soro caseiro?) para construirmos, simbolicamente, "uma ponte direta entre riqueza natural e erradicação da pobreza"; quase ao mesmo tempo em que se divulga que precisamos proteger e vigiar a Amazônia, utilizando as novidades dos satélites (de quem?) e das traquitanas internéticas; em que é noticiado que uma brasileira grávida de um mulçumano se dá mal no Líbano, e foge dramaticamente para a Síria (que Alah os ajude!), eis que estou aqui, no velho quarto de hotel, meio que próximo à quarta av, pensando na coleção de discos de vinil de Charlie Parker.
Não tenho certeza se Parker tocaria para um milhão em plena sexta av em um simples trinta e um de agosto. Não é uma data muito emblemática!
Hoje sim, porque é sete de setembro, dia em que se comemora a independência...
Independência entendeu?
“Viva o Brasil!
Viva o 7 de setembro!
Viva o povo brasileiro!”
domingo, 7 de setembro de 2008
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Um comentário:
Como pode ser independência se é Brazilian Day? Precisamos rever esse conceito.
Cipri querido, você tem razão quando questiona "de quem?". Com todos esses acontecimentos citados fica difícil mesmo saber de quem ou pra quem ou pra que?
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